Febre: quando levar ao médico?

Mamãe, se seu bebê está comfebre, você sabe o momento de levá-lo ao médico? Confira: http://www.macetesdemae.com/crianca-com-febre-qual-a-hora-de-levar-ao-medico/

 

Muitas mães se perguntam: quando a criança está com febre, qual a hora certa de levá-la ao médico? Bom, hoje eu vou tentar responder essa pergunta para vocês com base na minha experiência pessoal.

Sexta-feira passada o Caê foi diagnosticado com H1N1. Quando comentei isso nas redes sociais, muitas mães me contataram e perguntaram depois de quanto tempo de febre eu busquei ajuda. Minha resposta: 24h.

Photo Credit: .matter. via Compfight cc

Mas, na verdade, não procurei um pronto socorro porque, simplesmente, a febre perdurava por 24 horas já. Até porque, se eu fosse me basear única e exclusivamente no tempo de febre do meu pequeno, eu teria que aguardar mais 24h, porque é isso que os médicos dizem (Sim, sempre escutamos dos médicos: “Só procure um médico se o seu filho apresentar febre por 48h ou mais”).

Mas se eu tivesse feito isso, eu teria um grande problema. Isso porque, o medicamento que é usado para combater a gripe H1N1 só funciona se for dado nas primeiras 48h. Assim, se eu fosse simplesmente seguir o conselho mais comum que é dado sobre esse assunto, eu teria um grande problema.

Outra situação que complica caso os pais esperem 48h de febre para procurar um médico é no caso de meningite. Meningite é uma doença que, quanto antes começar a ser tratada, melhor a sua chance de cura (ou chance de cura sem nenhuma sequela). Então, se for esperar 48h e a criança estiver com meningite, também teremos outro problema.

Mas então, quando procurar? Na minha opinião, não é uma questão de tempo: 24, 36, 48h. É muito mais uma questão de observar alterações no padrão de febre da criança e também observar o estado geral e o comportamento da criança. Mas o que quer dizer isso?

Eu já conheço o padrão de febre dos meus filhos. E se vocês prestarem atenção, também irão perceber que seus filhos (pelo menos a maioria das crianças), também apresenta uma espécie de padrão de febre (ou seja, a forma com que a febre costuma normalmente aparecer, quando não é algo tão sério). O que eu percebo é que a febre, na maioria das crianças, quando não é causada por a algo sério, se comporta de forma mais amena, não tão agressiva, não tão assustadora.

Por exemplo, aqui em casa, o padrão de febre das crianças costuma ser mais ou menos assim: começa uma febrinha mais amena, dou antitérmico, ela passa rápido e demora algumas horas para voltar (mais de 6 com certeza). Muitas vezes, ela aparece só uma ou duas vezes no dia e a criança, no caso o Leo ou o Caê, ficam razoavelmente bem, ativos, não tão prostrados, e se alimentando também de forma satisfatória. A febre também não costuma passar de 38,5 graus. Isso é o que acontece quando temos viroses fraquinhas, resfriados mais comuns por aqui.

Agora, na semana passada, o comportamento da febre do Caê foi totalmente outro. Ele começou com febre bem alta logo de cara. No meio da madrugada, dei antitérmico e a febre não baixou. Nada. Quando passaram 5 horas, dei de novo, outro antitérmico, a febre baixou, mas voltou rápido, menos de 4 horas depois, e bem alta.

Esse comportamento da febre estava totalmente fora do padrão de febre que o Caê costuma apresentar. Além disso, ele estava chorando mais que o normal, não queria se alimentar, estava com os olhinhos cansados, estava dormindo pior que de costume. Ou seja, seu estado geral não estava bem, seu comportamento também estava alterado. Aí, soou o alarme, aí, peguei o meu pequeno do jeito que estava e corri para o pronto socorro. E foi a melhor coisa que eu podia ter feito, porque assim os seu problema foi diagnosticado cedo, ele começou a receber o tratamento adequado e já está melhorando.

Enfim, na minha humilde opinião, nós devemos decidir a hora de levar as crianças para o médico quando estão com febre com base na análise do comportamento de febre que elas apresentam e, também com base no próprio comportamento da criança: se ela está bem, ativa, se alimentando bem, dormindo normalmente, chorando dentro do esperado, etc…

Outro detalhe que é bem importante observar no que diz respeito ao comportamento da criança é o modo como ela está respirando. Se a criança está com febre e com dificuldades respiratórias o ideal é procurar um médico o quanto antes. (confira também esse post: Crianças com dificuldades para respirar – quando levar ao médico).

Bom, espero que essa minha dica seja útil para vocês. Tenho visto muitas mães esperando bastante tempo para levar os pequenos para o médico porque a orientação que receberam é de esperar 48h, só que aí as coisas já se complicaram e o tratamento e a recuperação tornam-se mais difíceis.

Também não quero dizer que tem que correr para o médico no primeiro momento que o termômetro apontar 38 graus. Não é nada disso. Como disse, é importante observar se a febre está diferente da forma com que costuma se comportar e também observar o estado geral da criança: atividade, respiração, apetite, sono, choro.

Bom, espero tê-las ajudado. De verdade. Essa é uma dica dada totalmente com base na minha experiência, na minha vivência como mãe, mas sinto que pode funcionar direitinho em outras casas também.

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