Aline Fontes

Difícil não se emocionar quando encontramos uma história em que a Associação Brasileira de Fotógrafos de Recém-Nascidos está tão entrelaçada com a carreira do associado. A história da Aline Fontes foi assim, impulsionada pela ABFRN.

Das necessidades surgem oportunidades: qual será a sua?
Conheça a história de Aline Fontes, fotógrafa que se agarrou à profissão em um momento de luta e acabou por encontrar uma nova paixão.
Quantas coisas você faz com prazer e intuição, sem perceber que aquela atitude pode tornar-se, de fato, uma profissão? Aline Fontes era aquela pessoa que sempre fazia a foto dos amigos e da família. Era, de certa forma, quem carregava as memórias e recordações de todos.
Uma situação que pediu mais da sua presença e energia fez com que Aline deixasse a profissão de administradora de lado e buscasse alternativas que conciliassem o trabalho com a maternidade.

“Tive meu primeiro filho em 2013 e ele nasceu com lábio leporino. Por conta disso, precisei me desprender do meio coorporativo, para dar mais atenção à ele. Passamos um bom tempo com ele na função entre médico e cirurgia, e não consegui manter um trabalho com horário fixo e metas específicas. Eu sempre gostei de fotografia, mas nunca tinha pensado nela como profissão”, conta a fotógrafa do Rio Grande do Sul. Por coincidência, o nascimento do seu filho Arthur aconteceu no mesmo ano em que a fotografia newborn começou a se estabelecer no Brasil e no mundo. Como o interesse de Aline por fotografia já existia, ela passou a pesquisar e ver aquela atividade de que tanto gostava como uma possibilidade de nova profissão. Em um caminho longo de planejamento e estudo, a fotógrafa se encontra hoje em um novo momento, em constante crescimento no seu negócio. “ De 2017 para cá me encontrei de verdade na fotografia e tudo deslanchou, foi quando foquei na fotografia gestacional e no newborn”, explica. A sua história, ao lado do crescimento do mercado de fotografia newborn, também se encontrou com a Associação Brasileira de Fotografia de Recém-Nascidos que, segundo ela, foi a instituição em que ela encontrou a base para entrar nessa profissão. “Quando vi que tinha uma associação por trás disso, que existiam pessoas interessadas em levar essa informação, tive ainda mais confiança! Principalmente porque ainda não tinha muito a aceitação das famílias, elas achavam estranho levar um recém-nascido para fotografar. Meu interesse surgiu para poder levar segurança para as famílias, mostrar que tinha uma associação que regulamentava os profissionais da área e que também disseminava conhecimento para quem estava começando”, conta Aline que, apesar do desejo, tornou-se associada apenas há alguns anos.

“Me inscrevi em 2014, mas ainda não tinha número suficiente de ensaios newborn realizados. Naquele momento eu ainda estava com pouco dinheiro para investir, era o início de uma nova carreira e acredito que seja difícil para todos. Por isso, quando fui aceita na tentativa seguinte, eu não me credenciei. Apenas em 2019 consegui voltar com esse plano e me tornar associada, mas os ideais e a base da associação se mantiveram comigo desde o início”. Ao contar sua história, Aline enfatiza sempre a dificuldade de se estabelecer em um profissão tão nova como a fotografia newborn, mas que a determinação e o propósito da sua fotografia a mantiveram firme e a levaram longe! Ela acredita que hoje, principalmente por conta da pandemia, a visão para com a fotografia está diferente. “As pessoas identificaram o real valor da fotografia, isso ficou claro com o retorno da fotografia durante a pandemia. Durante a minha pausa, os clientes vinham me pedir para voltar, mostravam o quão importante era para eles, ainda mais nesse momento, o quão indispensável se tornou o registro dos bons momentos”, conta. Em sua visão, a tendencia para os próximos anos é que essa valorização só cresça, e que é dever do fotógrafo trabalhar essa importância para com os seus clientes. “Eu trabalho muito com a fotografia emotiva. Embora eu trabalhe toda a transição do newborn, busco levar também a história de cada família em pelo menos uma fotografia. Quem me procura já chega com essa vontade de dividir a história da família, do casal, da gestação e daquela criança, o que colabora para a criação desse ensaio. Essa é a minha forma de construir uma fotografia que carrega emoção e a importância de todas as questões que a envolve. Hoje com o que vivemos, a ideia da minha fotografia é exatamente essa: carregar essências e histórias”. Se você está iniciando na fotografia newborn, não deixe de ouvir a experiência daqueles que vieram antes de você. E a Aline Fontes tem um recado…

“Antes de mais nada, seja membro da Associação Brasileira de Fotógrafos de Recém-Nascidos. A ABFRN hoje é um dos únicos órgãos que cuida somente dessa área, trazendo muita informação relevante para nós. Você, como profissional, pertence a esse grupo, e deve querer entender essas ideias e levar para o teu público essa informação. É muito importante que tu tenhas esse acesso, nesse quesito e até mesmo para colaborar com a própria associação e com o mercado.
E além disso, não desista! Não é fácil, mas não desista. Você vai viver diversas etapas e ultrapassará cada uma. Deixe o nervosismo de lado e acredite no seu próprio potencial. O seu objetivo também importa e você vai conseguir chegar lá. Não se compare com outros profissionais, mas, sim, com a tua própria evolução. Quando você achar que não está muito bem, busque essa conexão com quem tu era, como estava a fotografia e em que ponto você se encontra hoje. Construa a competição com você mesmo e não com os outros, pois só assim você terá o resultado real do que está acontecendo. Lembre-se que nada acontece do dia para a noite. A demora não é motivo para desistir. Eu sou prova disso!”

Aline viu nas suas próprias necessidades a oportunidade de uma mudança de carreira e de vida. Qual é a necessidade que te trará uma oportunidade como esta?

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